domingo, 19 de julho de 2009

E são punidos os "Traidores"

O general Fromm mantém seus colegas presos por apenas uma hora e depois ordena que eles sejam executados, quatro homens sendo levados ao pátio do Blendlerstrasse. General Olbricht é fuzilado primeiro, seguido de Stauffenberg, mas seu assistente Haeften se joga à sua frente e é fuzilado antecipadamente. Stauffenberg, segundo antes de ser alvejado grita: “Vida Longa para a sagrada Alemanha!” (Es lebe das heilige Deutschland!), e finalmente Stauffenberg é morto. Seu corpo é enterrado. Posteriormente, por ordem de Himmler, fora cremado e suas cinzas espalhadas em um campo fora de Berlim. É enviado um telegrama à Hitler dizendo os traidores sido executados. Fromm não ficaria impune, dois dias depois ele também foi preso e fuzilado.

No mesmo dia o Führer faz uma transmissão de rádio para confirmar à Alemanha que estava vivo, e que a vitória final estava próxima. A a esposa de Stauffenberg e o irmão da sogra dele foram presos,e enviados para campos de concentraçao. [4]

Em 22 de Julho de 1944, na Inglaterra, a BBC de Londres transmite o nome de vinte e dois conspiradores alemães, deixando claro que eles não eram bem-vindos na Inglaterra, até a atualidade não foi esclarecido quem deu estes nomes à BBC. Da mesma forma, os Estados Unidos não pretende negociar ou ajudar com os traidores alemães.

Os conspiradores sobreviventes foram julgados por júri popular, mais de 5.000 pessoas ligadas ao golpe foram mandadas para campos de concentração, duzentas são sentenciadas à morte. Hitler exige que os conspiradores ligados à comunicação sejam enforcados com cordas de piano, penduradas em ganchos de açougue, sendo estas execuções lentas, algumas foram gravadas para o Führer assistir.
Memorial no Bendlerblock: "Aqui morreu para a Alemanha no dia 20 de Julho de 1944".

É provável que se Stauffenberg tivesse tido sucesso, milhões de vidas teriam sido poupadas, uma vez que no verão daquele ano Hitler acelera o programa de erradicação racial, o Holocausto. Stauffenberg é visto por muitos alemães na atualidade como um herói que mesmo fracassadamente, tentou derrubar o regime nazista.

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O Fracasso

Enquanto isso Stauffenberg chega a Berlim, onde espera que o golpe esteja em andamento, sem saber que Hitler ainda está vivo. O primeiro sinal em que Stauffenberg percebeu que algo estava errado foi pelo fato de que não havia nenhum carro o esperando no campo. Leva mais de uma hora até ele chegar ao Quartel General de Berlim, o Blendlerstrasse.

Em torno das 15:00 horas, pouco mais de duas horas após o atentado, Hitler não desmarca o encontro com Mussolini, apesar de algumas dores, o fato de ter sobrevivido ao atentado, animou-o. Na estação de trem, Hitler cumprimenta Mussolini com a mão esquerda, já que não pode levantar a direita, e logo conta a Mussolini: “Duce, acabo de ter o maior golpe de sorte da vida”, ele leva Mussolini espantado até a cabana destruída, mostrando onde estava quando a bomba explodiu, o ditador fascista concorda que a sobrevivência de Hitler foi um milagre e um sinal de que o destino estava do lado deles.

Em torno das 15:30 Stauffenberg chega ao Blendlerstrasse, apresenta-se ao seu superior, o General Fromm, Stauffenberg fica decepcionado com a inércia de seus colegas conspiradores, e é informado que Fellgiebel não cortou as comunicações da Toca do Lobo e Hitler estava vivo, Fromm disse que conversou com Keitel e ele lhe garantiu isso, a reação de Stauffenberg foi chamar Keitel de um “grande mentiroso”, Fromm deseja encerrar o golpe, mais Stauffenberg ainda queria persistir no plano. Nesse momento é difícil de saber se Stauffenberg já havia percebido que o plano estava arruinado, ele envia um telegrama assinado por ele aos comandantes regionais, isso deveria ter sido feito horas antes, o telegrama dizia:

“O Führer Adolf Hitler está morto”
“Sendo essa a situação, o Wehrmacht assumirá o Reich”

Enquanto isso, notícias do atentado chegam aos líderes aliados, em Moscou, o Chefe de Estado da União Soviética Josef Stalin toma conhecimento do atentado contra Hitler, e fica chocado, pois Stalin temia que a Alemanha fizesse um cessar-fogo com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, concentrando suas forças contra a União Soviética, exatamente o que Stauffenberg pretendia fazer, e também o Exército Vermelho ao mesmo tempo em que liberta os estados títeres da Alemanha, os submeti sob controle comunista. Pouco depois das 17:00 horas em Londres, o Primeiro-Ministro da Inglaterra Winston Churchill está em sua sala de mapas particular, dois agentes da inteligência trazem noticiais sobre o atentado contra Hitler, mais Churcill também não recebe bem a notícia, e não pretende ajudar os oficiais alemães envolvidos no atentado, pois na realidade, ele não poderia ajudá-los, pois se Stalin soubesse de contato anglo-germânico, isso destruiria a aliança com a União Soviética. Ao mesmo tempo o Presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt recebe a mesma notícia, mais fica indiferente, uma vez que os planos dos conspiradores baseavam-se numa rendição condicional, enquanto Roosevelt desejava uma rendição incondicional e a ocupação da Alemanha.

Em torno das 17:30 na Toca do Lobo, Hitler informa de bom-humor aos seus oficiais sobre a visita de Mussolini, porém logo Heinrich Himmler, recebe o telegrama de Stauffenberg e o entrega à Hitler, que permanece calmo, e ordena que os traidores sejam executados e que suas famílias sejam mandados para campos de concentração.

No Blendlerstrasse continuam correndo boatos sobre a sobrevivência de Hitler, mais Stauffenberg ainda acredita que o golpe poderia funcionar se agissem rapidamente. Em torno das 16:35 ele manda o comandante do batalhão de Berlim, Major Remer prender o Ministro da Propaganda Joseph Goebbels, indo à casa de Goebbels para prendê-lo, porém, as linhas telefônicas de Goebbels não tinham sido cortadas, assim ele coloca Hitler na linha e passa o telefone para Remer, Hitler então ordena que ele restabeleça a ordem em Berlim, autorizando a execução de qualquer um que desobedecer. Em torno das 23:00 horas, o general Fromm trai seus colegas, numa tentativa de redimir-se. Ele prende os conspiradores no Blendlerstrasse e o golpe finalmente desmorona.

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Claus von Stauffenberg

Claus Philipp Maria Schenk Graf von Stauffenberg - (Jettingen-Scheppach, Baviera, 15 de Novembro de 1907 — Berlim, 21 de Julho de 1944) - foi um coronel alemão da II Guerra Mundial, autor de um atentado contra Adolf Hitler em 1944. Ato conhecido como Atentado de 20 de julho.
Nasceu numa tradicional família católica da Baviera. Seus pais eram Alfred Schenk e Karolina Schenk.

O oficial alemão mais jovem a chegar ao posto de coronel, Stauffenberg era uma estrela em ascendência no exército (Heer) das forças armadas alemãs (Wehrmacht).

Foi ferido num ataque aéreo em 7 de abril de 1943 na campanha do norte da África quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves ferimentos no joelho.

Stauffenberg junto com outros militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler organizaram um atentado à bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente. Todo projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices onde aguardariam Stauffenberg colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Stauffenberg (à esquerda) em Rastenburg em 15 de Julho de 1944. No centro Adolf Hitler. Stauffenberg já levava as bombas consigo. Mas decidiu não detoná-las naquele momento.

Foi um dos principais articuladores deste mal sucedido atentado que tentou remover o líder nazista do poder. A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido como a "Toca do Lobo" (em alemão, "Wolfsschanze") situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn, junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na Prússia Oriental, atual território da Polônia).

Claus von Stauffenberg disse à sua família: "se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei traindo minha consciência".

Atualmente Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr: "um cidadão fardado".

Foi fuzilado nas primeiras horas do dia 21 de Julho de 1944 no Bendlerblock de Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:

– "Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada Alemanha!)"

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sábado, 18 de julho de 2009

O Atentado

(Soldado Segura as calças de Hitler depois da explosão)

Na manhã de 20 de julho de 1944, Stauffenberg voou até o quartel-general do Führer "Wolfsschanze" (Toca do lobo) na Prússia Oriental. Com seu ajudante Werner von Haeften, ele conseguiu ativar apenas um dos dois explosivos previstos para detonar. Mais tarde, usou uma desculpa para sair da sala de conferências, onde depositou a bolsa com explosivos perto do Führer. Porém, um de seus generais afastou-a involuntariamente de Hitler. A explosão, às 12h42, matou quatro das 24 pessoas na sala. Hitler sobreviveu.

Na capital alemã, os conspiradores comunicaram por telefone, por volta das 15 horas, convencidos do êxito da missão: "Hitler morreu!" Duas horas mais tarde, a notícia foi desmentida. Na mesma noite, Stauffenberg, Von Haeften, Von Quirnheim e Friedrich Olbricht foram executados. No dia 21 de julho, os mortos foram enterrados em seus uniformes e condecorações militares. Mais tarde, Himmler mandou desenterrá-los e ordenou sua cremação. As cinzas foram espalhadas pelos campos.
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar a sala de reunião onde ocorreu o atentado, apenas uma das bombas. Um dos maiores erros de Stauffenberg foi que como conseguiu armar apenas uma bomba, levou apenas essa, provavelmente se tivesse levado a outra, mesmo sem estar armada, a explosão da primeira causaria uma reação em cadeia e a detonação da mesma, os explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de madeira protegeu o Führer da explosão.
Entre 11 feridos e 4 mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico, Hitler disse: "eu sou imortal."
Horas mais tarde, Hitler recebeu Benito Mussolini no local. Este fica impressionado com os estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no fato de Hitler ter sobrevivido.

(Cabana de conferência após a explosão)

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O Golpe:

Consistiria em entrar na Wolfsschanze, e implantar dois explosivos com alto poder de fogo, matando assim Hitler, Himmler (Seu provável substituto) e outros homens que ali estariam, depois declara que a Operação Valkíria estava em andamento, então tomar o poder.
Agora imaginem vocês, o que teria acontecido caso o golpe tivesse dado certo?
O fato é que os conspiradores sabiam que a Alemanha perderia aquela Guerra, e tentaram fazer de tudo para que não acontecesse, se os conspiradores (membros do exército interno) tivessem tomado o poder aquele dia a Alemanha muito provavelmente não teria sido dividida no período pós Guerra, a Alemanha voltaria as mãos dos Alemães, esses que seriam sim homens indicados pra dirigir seu país.

A designação dos cargos do Novo Governo:
Generaloberst Ludwig Beck (Exército) - o Presidente
Carl Goerdeler (Partido Nacional das Pessoas da Alemanha) - o Chanceler;
Wilhelm Leuschner (Partido Social-Democrata da Alemanha) - o Vice-Chanceler;
Paul Löbe (Partido Social-Democrata da Alemanha) - o Presidente do Reichstag;
Julius Leber (Partido Social-Democrata da Alemanha) ou Eugen Bolz (Partido do Centro) - o Ministro do Interior;
Friedrich Werner von der Schulenburg or Ulrich von Hassell - Ministro do Exterior;
Ewald Loeser - o Ministro de Finanças;
Friedrich Olbricht (Exército) - o Ministro de Guerra;
Hans Oster (Exército) - o Presidente do Reichskriegsgericht (Supremo Tribunal Militar);
Hans Koch (Igreja Confessional) - o Presidente do Reichsgericht (Tribunal Supremo);
Bernhard Letterhaus (comerciante católico) - o Ministro de Reconstrução;
Karl Blessing - o Ministro da Economia ou Presidente do Reichsbank;
Paul Lejeune-Jung (Partido Nacional das Pessoas da Alemanha) - o Ministro da Economia;
Andreas Hermes (Partido do Centro) - o Ministro de Agricultura;
Josef Wirmer (Partido do Centro) - o Ministro da Justiça;
Albert Speer foi listado em várias notas dos conspiradores como possível Ministro de Armamentos.

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A Operação Valkíria

(Busto de Claus Von Stauffenberg, um dos principais idealizadores do Golpe)


Durante a segunda Guerra Mundial havia planos para cobrir baixas no exército alemão durante a segunda guerra mundial, esses planos seriam “Valkíria I” e “Valkíria II”, mas a partir de 1943 o nome “Valkíria” deixou de ser um plano para cobrir baixas do exército, tendo sido empregado para reprimir quaisquer tentativas de golpe civil, dando poder a SS (Schutzstaffel -em português Tropas de Proteção") para tal repreensão, porém os conspiradores do plano contra Hitler fizeram alguns ajustes, e coube ao próprio Staufenberg apresenta-los a Hitler, que em uma rápida analise assinou, o novo Plano Valkíria dava poder ao exército Interior em um caso de golpe de estado praticado pela própria SS, sendo então ideal para os planos dos conspiradores.


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